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Projeto Cartório Acolhedor destinará vagas de emprego para mulheres em situação de violência doméstica

Publicado em 23/10/2025

Termo de cooperação entre TJPR e Anoreg-PR foi assinado em solenidade na Corte paranaense 

O Tribunal de Justiça do Estado do Paraná (TJPR) realizou, na terça-feira (21/10), na Sala de Atos, uma cerimônia de assinatura do termo de cooperação técnica com a Associação dos Notários e Registradores do Estado do Paraná (Anoreg-PR), com o objetivo de implementar o projeto “Cartório Acolhedor”.  

A iniciativa tem o objetivo de promover a reintegração social e o ambiente inclusivo para mulheres em situação de violência doméstica, por meio de oportunidades de emprego, estágio e capacitação profissional nas serventias do estado.  

“Esperamos, com esse projeto, que mais mulheres atinjam a independência duradora e assegurem a oportunidade de reconstruir suas vidas profissionais em um ambiente seguro e acolhedor.  O documento que celebramos hoje é um compromisso com princípios e com a dignidade. Acreditamos na capacidade de transformação das pessoas e na força das instituições quando trabalham unidas por um propósito maior”, afirmou a presidente do TJPR, desembargadora Lidia Maejima. 

A segunda vice-presidente da Anoreg-PR, Mônica Maria Guimarães de Macedo Dalla Vecchia, ressaltou que o projeto demonstra uma sensível visão institucional em relação à necessidade de proteção às mulheres que se encontram em situação de violência.  “O propósito é dar chances àquela mulher que sofre com qualquer tipo de violência refazer a sua vida profissional em um ambiente acolhedor, democrático e sensível às dificuldades do cidadão. Os cartórios são o lugar onde encontramos cidadania, segurança jurídica e cuja capilaridade muito breve atenderá todas as mulheres de todos os municípios do estado do Paraná”, afirmou.  

A Coordenadora Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica (Cevid), desembargadora Cristiane Tereza Willy, destacou que, em 2024, quatro mulheres foram vítimas de feminicídio por dia no Brasil, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública. Além disso, 37% das mulheres brasileiras sofreram algum tipo de violência nos últimos 12 meses. “Isso significa que, no último ano, cerca de 21,4 milhões de mulheres no Brasil foram vítimas de algum tipo de violência. Por isso, esse projeto representa uma importante ferramenta transformadora no enfrentamento da violência doméstica e familiar”, ressaltou a desembargadora.  

Aplicativo Cartório Acolhedor  

A corregedora da Justiça, desembargadora Ana Lúcia Lourenço, informou que, nas próximas semanas, o TJPR lançará o aplicativo Cartório Acolhedor, ferramenta que poderá ser utilizada pelas mulheres para se cadastrarem. Ainda segundo a corregedora, 31 cartórios já estão inscritos no projeto piloto, nesta primeira fase da iniciativa.  

“O propósito maior é fomentar a contratação de mulheres em situação de violência doméstica. É uma maneira de criar um espaço de autonomia para essas mulheres, porque sabemos que a violência está intimamente ligada à dependência econômica. Ao auxiliarmos, criando um ambiente que as ajudem a romper com esse ciclo de dependência, elas poderão também romper com o ciclo de violência”, destacou a desembargadora.  

Presenças 

O dispositivo de autoridades foi composto pela presidente do TJPR, desembargadora Lidia Maejima; pelo 1º vice-presidente do TJPR, desembargador Hayton Lee Swain Filho; pelo 2º vice-presidente, desembargador Fábio Haick Dalla Vecchia; pela segunda vice-presidente da Anoreg-PR, Mônica Maria Guimarães de Macedo Dalla Vecchia; pela corregedora da Justiça, desembargadora Ana Lúcia Lourenço; pelo vice-presidente e corregedor do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), desembargador Luiz Osório Moraes Panza; e pela coordenadora da Cevid, desembargadora Cristiane Tereza Willy. 

Fonte: TJPR