Processo do testamento de Pelé tramita na Justiça de São Paulo pouco depois da morte do ex-jogador, aos 82 anos.
Um dos grandes amigos de Pelé, José Fornos Rodrigues, o Pepito, ex-assessor do Rei do futebol vem sendo questionado pela empresária Márcia Aoki por conta do percentual da remuneração máxima pedido por ele na justiça. A viúva de Pelé afirmou que Fornos, responsável pelo testamento, quer enriquecer à custa da herança. As informações são do portal Metrópoles.
Em junho do ano passado, Márcia acionou a Justiça e questionou um pedido de Pepito para ser remunerado em 5% do valor da herança, o teto fixado por lei. A taxa fica entre 1% e 5% da herança líquida. O processo do testamento de Pelé tramita na Justiça de São Paulo pouco depois da morte do ex-jogador, aos 82 anos.
Escolhido por Pelé para a função, Fornos, o Pepito, foi empresário e assessor do Rei por 40 anos. Segundo a empresária, ele não havia cumprido qualquer obrigação de testamenteiro no processo, e agiu “ousadamente” ao pedir a remuneração máxima, o que classificou de “absurdo e irrazoável”.
“Quer o testamenteiro nomeado enriquecer (sem causa) à custa do espólio”, escreveu Márcia Aoki, segundo o site. Ainda de acordo com a viúva de Pelé, Pepito não se dedicou ao testamento, e os familiares tiveram de acionar a Justiça para iniciar o processo. Aoki destacou que a Justiça paulista já abriu exceções e definiu um pagamento menor que 1% em casos excepcionais.
“Não concordamos com o valor máximo porque o testamenteiro [Pepito] não fez absolutamente nada até agora, não participou do processo”, disse o advogado de Márcia Aoki, Luiz Kignel.
Márcia Aoki, de 56 anos, era casada com o ex-jogador de futebol desde 2016. Os dois se conheceram nos Estados Unidos. Natural da cidade de Penápolis, em São Paulo, a empresária foi a terceira esposa de Pelé. Hoje, ela trabalha em uma empresa de importação de suplementos médicos.
A defesa de Pepito afirmou ao Metrópoles que o valor da remuneração ainda não foi analisado pela Justiça. Segundo a defesa, Pepito se recusou a assinar um documento enviado por Márcia no qual ele “abria mão de qualquer coisa”.
“A discussão sobre o valor da remuneração não está nem perto de começar. Ela [Márcia Aoki] não teria nem o que impugnar agora. Quem nomeou o inventariante foi o próprio Edson [Pelé]”, afirmou o advogado Victor Hadid.
Fonte: Jornal O Globo
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