Os cartórios brasileiros registram o maior número de testamentos da história. Entre janeiro e maio foram lavrados 13.924 testamentos — aumento de 40% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram 9.865 documentos.
O número registrado no primeiro quadrimestre quebrou um recorde de dois anos. Até então, o maior número havia sido registrado em 2019: 12.402 lavraturas. O índice é 12% menor que o observado agora.
Os números foram divulgados no início da tarde desta quarta-feira (7/7) pelo Conselho Federal do Colégio Notarial do Brasil (CNB/CF).
Segundo o conselho, o impacto da pandemia de Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, influenciou a arrancada nos registros. “Tradicionalmente avesso a pensar sobre a sua própria morte, a pandemia fez o brasileiro redobrar sua preocupação com o tema, fazendo com que os primeiros cinco meses de 2021 registrassem o maior número de testamentos feitos pelos cartórios”, destaca a entidade, em nota. Veja, em números absolutos, o ranking das unidades da Federação com o maior número de testamentos realizados nos cinco primeiros meses do ano:
Confira também o ranking do aumento percentual deste ano em relação aos cinco primeiros meses de 2020:
O crescimento se deu não somente com os documentos feitos para valer após a morte do usuário, mas também em atos que podem valer ainda em vida.
Em números absolutos foram realizados 296 testamentos vitais entre os meses de janeiro a maio deste ano frente a 160 realizados no mesmo período do ano passado.
Na comparação com 2019, portanto antes do início da pandemia, o aumento foi de 16%, em relação às 255 lavraturas realizadas no ano retrasado. O conselho destaca que o testamento tem se tornado um instrumento eficaz para realização de um planejamento patrimonial efetivo, evitando desavenças entre os herdeiros.
“Poder, em um momento ainda lúcido, planejar de forma adequada a destinação do patrimônio e mesmo questões pessoais que não foram resolvidas em vida é uma segurança não só para o testador, como também para a família”, frisa a presidente da entidade, Giselle Oliveira de Barros.
Fonte: Metrópoles
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