Curiosidade e competência: uma visita ao 12º Tabelionato de Notas de Curitiba

Localizado no coração de Curitiba, na Rua Marechal Deodoro, 945, Centro, o 12º Tabelionato de Notas é administrado pelo tabelião Edson Aparecido Villa de Carvalho, que tem 30 anos de experiência no mundo dos cartórios. Formado em Direito em 1988, Edson iniciou sua trajetória na Associação dos Serventuários da Justiça do Estado do Paraná (Assejepar), antiga Associação dos Notários e Registradores do Paraná (Anoreg/PR), onde estudava e trabalhava simultaneamente. Após anos de experiência, ele assumiu a responsabilidade pelo tabelionato onde atua desde 2017, após o falecimento do tabelião anterior, quando realizou o concurso e se tornou o titular.

Antes de ser um cartório, o local onde hoje se encontra o 12º Tabelionato de Notas já foi uma agência do Banco do Brasil, na conhecida “rua dos bancos”. Durante uma visita à feira de artesanato do Largo da Ordem, Edson se interessou pelas artes de um pintor que vendia seus quadros. Durante a conversa, descobriram que o local onde Edson agora gerenciava havia sido anteriormente o ateliê do artista. Impressionado com a coincidência e a arte, Edson decidiu adquirir algumas das pinturas, que hoje decoram as paredes do tabelionato.

Edson também tem experiência em cartórios de outras cidades, como Jandaia do Sul e Almirante Tamandaré, onde trabalhou com serviços de registro civil. Contudo, sua preferência sempre foi pelo trabalho em tabelionatos de notas, onde se sente mais à vontade para aplicar de forma eficiente o conhecimento adquirido ao longo dos anos. No dia a dia do tabelionato, Edson explica que o papel do tabelião vai muito além de lavrar documentos: “Fazemos tudo aqui. Procurações, escrituras, inventários, apostilamentos e certificados digitais. Hoje, eu administro, ensino a equipe e confiro todo o trabalho que é feito no cartório.” Além de lavrar escrituras, atividade que aprecia, ele se dedica a revisar detalhadamente o trabalho de sua equipe, composta por 11 pessoas.

Entre os desafios do trabalho, Edson destaca a importância de estar sempre atento a casos complexos, como inventários com herdeiros falecidos ou cessão de direitos. “Gosto de fazer um pente fino, conferir o trabalho da equipe que ensinei, é algo que aprecio”, afirma. Com a evolução tecnológica, o 12º Tabelionato também teve que se adaptar. Segundo Edson, “hoje fazemos muitos atos de forma remota, com a implementação do e-Notariado, ficou muito mais prático. Quando surge algo novo, às vezes ficamos assustados, mas depois que se torna rotina, nem lembramos como era antes”, disse. Recentemente, o tabelionato implementou um novo software para facilitar a leitura de documentos, que será utilizado em breve para agilizar ainda mais os serviços.

O acervo do tabelionato inclui processos antigos, e Edson se esforça para manter o que pode, mesmo com a crescente digitalização. “Alguns livros precisam ser físicos. Quando finalizamos um volume, digitalizamos e mantemos o registro digital, mas o livro físico é essencial para a segurança e a continuidade dos serviços”, explica o tabelião, que ainda assim mantém uma forma de armazenar o conteúdo digital com segurança.

Assessoria CNB/PR