A Autorização Eletrônica de Doação de Órgãos (AEDO) é uma alternativa inovadora no estado do Paraná. Trata-se de uma forma eletrônica de autorizar a doação de órgãos, tecidos e partes do corpo humano. Em outras palavras, é a manifestação de vontade do doador colhida eletronicamente de forma ágil, rápida e segura, se certificando que a sua vontade será respeitada.
Realizada essa autorização, em caso de necessidade, será possível que o médico responsável tenha acesso a esses dados e aja de acordo com a declaração. Não somente os profissionais, mas também para a família não ter duvidas de que aquela pessoa possuía a vontade de doar e auxilia-los na tomada dessa decisão.
Outro fator que impedia que mais pessoas se tornem doadores, era a falta de informação. Vanessa Luna – clínica geral e dermatologista, acredita “que precisamos de um maior investimento no passar informações e conhecimentos para a população sobre o que é realmente fazer a doação de órgãos, para que entendam a importância”. Ela mesma já aderiu à campanha, “apoio 100% a campanha e pretendo ser doadora, no meu documento consta como doadora”, afirma.
A Dra. Vanessa encara o a autorização eletrônica como um fator determinante para inibir o medo das famílias e auxiliar com a diminuição das filas de espera. “Com certeza seria um processo para acelerar a fila de espera, a longo prazo ainda mais. Mas pelo fato de a maioria dos pacientes ainda terem falta de conhecimento, acredito que se houver um investimento em preparo e conhecimento, até mesmo da ferramenta, acredito que a longo prazo será ainda mais útil”, acrescenta.
Dados do Registro Brasileiro de Transplantes (RBT), elaborado e divulgado pela Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO) na semana do dia 18 de março de 2024, mostram que o estado do Paraná manteve a liderança nacional em doações de órgãos, registrando 42,5 doadores por milhão de população (pmp) em 2023. Em números absolutos são 486 doadores efetivos. Em 30 dias de AEDO, mais de 350 pessoas solicitaram o desejo de ser doador de órgãos no Paraná.
O presidente do Colégio Notarial do Brasil – Seção Paraná (CNB/PR), Daniel Driessen Júnior, conta que a iniciativa surgiu no Rio Grande do Sul, foi criado um projeto piloto da AEDO, que acabou sendo muito bem recebido pela população e pelas entidades de saúde responsáveis pela doação de órgãos. Segundo ele, “a necessidade de criação dessa iniciativa surgiu da análise dos dados de percentuais de órgãos doados e de como uma ferramenta que ofertasse mais segurança e agilidade poderia aumentar esses números”.
Para Driessen, é importante ressaltar a necessidade de divulgação da campanha e da AEDO. “um momento de luto de uma família, pode ser a alergia e renovação de outra. Quanto mais pessoas falarem e divulgarem, ajudarem a CNB na divulgação da AEDO, mais pessoas farão, mais pessoas serão beneficiadas dessa modalidade e por consequência, salvar mais vidas”, afirma.
Fonte: Assessoria de comunicação – CNB/PR
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